terça-feira, 26 de março de 2013

Anistia Internacional diz que escolha de Marco Feliciano é 'inaceitável'.

Em nota divulgada ontem (24), a Anistia Internacional afirma que a escolha do deputado Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias é "inaceitável", por suas "posições claramente discriminatórias em relação à população negra, LGBT e mulheres".

"É grave que tenha sido alçado ao posto a despeito de intensa mobilização da sociedade em repúdio a seu nome", diz o texto, que prossegue afirmando que a Anistia Internacional espera que os parlamentares brasileiros "reconheçam o grave equívoco cometido" com a indicação de Feliciano e "tomem imediatamente as medidas necessárias à sua substituição".

A Anistia afirma ser essencial que integrantes da comissão "sejam pessoas comprometidas com os direitos humanos e possuam trajetórias públicas reconhecidas pelo compromisso com a luta contra discriminações e violações" e que "direitos fundamentais não devem ser objeto de barganha política ou sacrificados em acordos partidários".

'DIA D'

Nesta terça-feira (26) acaba o prazo dado pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para que o PSC encontre uma solução para a comissão. Embora não diga publicamente, ele pressiona para que o partido convença Feliciano a renunciar.

"Do jeito que está, situação da Comissão de Direitos Humanos e Minorias se tornou insustentável", disse Alves na última quinta-feira (21).

Ontem, o presidente da Casa disse que a situação não avançou no fim de semana. "Não tive notícias."

Apesar de ter manifestado a colegas insatisfação com a permanência do pastor no comando da comissão, Alves tem dito, contudo, que não há margem regimental, como uma intervenção direta, para tirá-lo da presidência. Por isso, apelou à cúpula do partido.

Em entrevista ao programa 'Pânico', da Band, gravada na semana passada, mas levada ao ar apenas ontem, Feliciano disse que só deixaria o cargo morto.

"Estou aqui por um propósito, fui eleito por um colegiado. É um acordo partidário, acordo partidário não se quebra. Só se eu morrer", disse o pastor.

Fonte: UOL

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